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13 de janeiro de 2011

A Experiência de uma Neurocientista no Trapézio Voador!


Matéria veiculada na Folha de S. Paulo, dia 11/01/2011 - Caderno "Equilíbrio" pág 5


Uma neurocientista no trapézio

Lançar-se em atividades novas traz como bônus a satisfação e a injeção de autoconfiança

TENTAR COISAS novas envolve, pelas definições do cérebro, correr riscos: abandonar o usual, a rotina, e se lançar em novas paragens sem garantia de sucesso.

CIRCOCAN
Algumas novidades são bastante inofensivas, como andar do outro lado da rua ou mudar de cabeleireiro.

Outras são mais perigosas, mas expandem nossos horizontes e mudam a nossa vida, como aprender a nadar, andar de bicicleta ou dirigir.

Além de expandir nosso repertório de talentos, aceitar se lançar em atividades novas ainda traz uma vantagem bônus: a satisfação da conquista e, com ela, uma injeção de autoconfiança -que, por sua vez, nos impele a continuar experimentando e testando (e expandindo) nossas habilidades.

Foi assim, movida pela curiosidade do será-que-eu-consigo, que me meti às vésperas do Ano-Novo a fazer uma aula de trapézio voador.

As crianças haviam acabado de experimentar e adorar a primeira aula, então arranjei tempo e fui à segunda aula com elas. É verdade que a coisa toda havia sido ideia minha: uma boa atividade para as férias e que ainda aumentaria a autoconfiança deles.

E, assim, a neurocientista de plantão amarrou o cinto de segurança, subiu a escadinha e foi, lááá no alto, encarar o trapézio voador.

É muito interessante notar o próprio coração palpitando quando se sabe direitinho de onde vem a taquicardia: da amígdala do cérebro registrando a altura, do córtex cingulado avaliando os riscos da possível ideia de jerico de se lançar no ar agarrada a uma barrinha, se dependurar de cabeça para baixo, se desvirar e, então, se jogar na rede de segurança.

Alarmes tocam no cérebro e fora dele para chamar a atenção para o risco iminente -que, no entanto, é solenemente ignorado se houver determinação pré-frontal mais forte. E foi assim que eu pulei.

Ah, a excitação de se descobrir capaz! Não apenas não caí do trapézio, como consegui me dependurar de cabeça para baixo (fazendo menos força do que esperava), estender os braços na hora certa e ser apanhada pelo outro trapezista em pleno ar.

Que sensação deliciosa voar e pousar: ao me perceber viva, inteira e vitoriosa, meu cérebro se premiou com uma baita injeção de dopamina que, agindo sobre meu córtex órbito-frontal e hipocampo, tornou a experiência não só incrivelmente prazerosa como inesquecível. Vencer desafios é uma recompensa incrível, só alcançada quando se aceita o risco da queda.

SUZANA HERCULANO-HOUZEL, neurocientista, é professora da UFRJ e autora de "Pílulas de Neurociência para uma Vida Melhor" (ed. Sextante) e do blog www.suzanaherculanohouzel.com

2 de janeiro de 2011

Música em CWB e Lançamentos 2011

Com produção de Dudu Marote (Skank), o aguardado primeiro disco da banda curitibana Copacabana Club deve se chamar Tropical Splash e finalmente sair no primeiro semestre de 2011. O disco trará faixas inéditas e novas versões para as músicas presentes no EP King of the Night (2008), um fenômeno que invadiu as rádios e as pistas do Brasil.

Jazz Cigano CorcelAinda entre os curitibanos, o Jazz Cigano Quinteto (FOTO) – que conseguiu cativar seu público, relendo músicas inspiradíssimas da década de 1930 e 1940 – deve lançar seu primeiro disco, trazendo composições próprias. Mesmo caso é o do grupo Klezmorim, que se abraçou ao gênero judaico klezmer e foi um dos destaques musicais de 2010.


Grandes shows internacionais estão previstos para o primeiro semestre de 2011. A notícia ruim é que pouquíssimos passam por Curitiba. Em janeiro, vêm ao Brasil a cantora inglesa Amy Winehouse e os nova-iorquinos do Vampire Weekend. Em fevereiro, será a vez de Paramore, Backstreet Boys, Cyndi Lauper, LCD Soundsystem, Kate Nash e Boy George – nenhum deles por aqui.

Em abril, a banda britânica Iron Maiden retorna a Curitiba, para uma única apresentação na Arena Expotrade, no dia 5, enquanto que o ex-Guns N’Roses Slash confirmou em seu site um show no Curitiba Master Hall, no dia 8.

Mas os grandes destaques ficam por conta das turnês que Ozzy Osbourne e U2 trazem ao país. As três apresentações da turnê U2 360º, que a banda irlandesa faz no Estádio do Morumbi, já estão esgotadas.

Já o calendário de lançamentos de discos em 2011 começa dominado por bandas e artistas do circuito independente. Em janeiro e fevereiro, devem chegar às lojas os novos álbuns das bandas Cake e Social Distortion e das cantoras Adele e P.J. Harvey.

A lista esquenta no mês de março, quando serão lançados os novos álbuns de Lady Gaga (Born This Way), Britney Spears, Strokes e R.E.M. Outros discos bastante aguardados que devem sair em 2011 são os novos das bandas Radiohead, Foo Fighters, Coldplay e Fleet Foxes.